Mendes nega boicote a Janaina Riva e afirma que oposição Tem "Ônus e Bônus"

Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, 05, o governador Mauro Mendes (União) negou que o Governo do Estado esteja boicotando as emendas da deputada estadual Janaina Riva (MDB), mas afirmou que é "natural" que ela enfrente ônus por adotar uma postura de oposição ao Executivo.

A declaração de Mendes ocorreu após um confronto direto entre a deputada e o Governo, que se intensificou nos últimos dias.

Janaina havia acusado o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), de praticar perseguição política, ao afirmar que suas emendas não seriam pagas por retaliação.

Mendes foi enfático ao comentar a situação, ressaltando que a deputada, ao escolher a posição de oposição, deveria entender que isso traria consequências tanto positivas quanto negativas.

"Se a deputada assumiu a questão de ser oposição, como o próprio secretário disse, ônus e bônus. Ele [Fábio Garcia] é oposição do Governo Federal, as emendas dele são as últimas que são pagas. Então, isso é natural na democracia, não é novo em Mato Grosso, não é novo no Brasil, é o tratamento que você dá", afirmou.

O governador ainda destacou que a crítica é uma prática legítima e que, embora não haja problemas com parlamentares que se opõem ao Governo, a relação deve ser baseada na lealdade e na verdade.

"O governo não tem problema nenhum com um deputado que de vez em quando critica, porque até eu mesmo de vez em quando critico o Governo. Agora, a relação tem que ser pautada em cima de verdade, de lealdade, de reciprocidade", completou.

Janaina Riva, que já foi aliada do Governo, tem adotado um tom mais combativo, principalmente em suas redes sociais, onde tem feito duras críticas ao Executivo.

Ela é pré-candidata ao Senado e pode disputar a vaga com o próprio governador em 2026, o que torna esse embate ainda mais relevante no contexto eleitoral.

Questionado sobre a mudança no comportamento da deputada pode ser por causa das eleições em 2026, Mendes não hesitou em afirmar: "Olha, parece que sim." Para ele, a mudança de postura tem relação direta com a disputa eleitoral que se aproxima, reforçando a tensão política que marca o cenário atual.