O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), anunciou nesta quarta-feira (9) que adotará uma postura de neutralidade no segundo turno das eleições para a prefeitura de Cuiabá. A disputa será entre o deputado federal Abílio Brunini (PL) e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT).
Botelho afirmou que, no momento do voto, fará sua escolha, ressaltando que o voto é secreto. “Vou votar, mas vou manter sigilo sobre isso. A população vai decidir. Que vença quem tiver que vencer, e que Deus abençoe”, declarou. Ele destacou que não vai declarar apoio formal a nenhum dos candidatos.
Após ser derrotado no primeiro turno, onde ficou em terceiro lugar com 27,77% dos votos, Botelho fez uma análise do resultado. Ele atribuiu a derrota a falhas estratégicas, como a falta de presença nas comunidades. Segundo ele, a campanha confiou excessivamente na mobilização dos vereadores, o que não surtiu o efeito esperado.
“Nós erramos ao confiar apenas nos vereadores. Eles acabaram focando em suas próprias campanhas e deixaram de levar meu nome ao eleitorado. Acredito que isso foi um erro. Nosso grupo somou 190 mil votos, mas eu obtive apenas 88 mil. Faltou trabalho nas bases e essa lição fica para as próximas campanhas”, explicou.
Botelho também destacou o impacto da polarização política na eleição. “A direita votou na direita, a esquerda votou na esquerda. Quem votou em mim foram aqueles que acreditaram que o nosso era o melhor projeto”, afirmou.
Mesmo fora da disputa, o presidente da ALMT garantiu que continuará cumprindo suas responsabilidades como deputado estadual e que seus planos futuros envolvem buscar a reeleição em 2026. Ele mencionou a continuidade de projetos como a entrega de escrituras em bairros de Cuiabá. “Vou seguir fazendo meu trabalho, entregando o que prometemos”, finalizou.