O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta segunda-feira (20) que retira o país da OMS (Organização Mundial de Saúde). Como justificativa, o presidente acusou a agência de “má-gestão” durante a pandemia de Covid-19. Além do “fracasso em adotar as reformas urgentemente necessárias, e a sua incapacidade de demonstrar independência da influência política inadequada dos estados membros da OMS”.
Trump, que era presidente dos EUA, durante a pandemia, foi acusado de ter dado uma resposta lenta a emergência global. Em março de 2020, o país se tornou epicentro da doença. Também foi os EUA o primeiro país a atingir a marca de 1 milhão de mortes em decorrência do coronavírus. Em 2020, Trump também chegou a retirar o país da OMS. A medida, no entanto, foi revertida por Joe Biden.
Trump ainda disse que os Estados Unidos fazem pagamentos “desproporcionais” a organização. “A China, com uma população de 1,4 bilhões de habitantes, tem 300% da população dos Estados Unidos, mas contribui quase 90% menos para a OMS”, disse. Historicamente, os EUA são o principal financiador da OMS.
Na quinta-feira (16), a agência global de saúde lançou sua campanha anual de arrecadação de fundos. A organização espera arrecadar 1,5 bilhão de dólares para responder a 42 emergências de saúde em curso.
“A OMS fornece serviços de saúde onde outros não podem. À medida que os fundos humanitários são cada vez mais reduzidos e os recursos são restritos, a necessidade de aumentar o investimento, coordenar ações e fornecer serviços vitais que salvam vidas nunca foi tão grande”, diz a organização. A estimativa é que em 2025, 305 milhões de pessoas necessitarão de assistência humanitária.(Thays Martins, do R7)