O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), segue com a intenção de lançar o edital para o concurso da Guarda Municipal ainda neste ano. Contudo, argumenta que precisa organizar financeiramente as contas da Prefeitura no início da nova gestão. Ele avaliou que o número não deve ser inferior a 100 vagas, diante da ampla necessidade. O intuito é a revitalização do Centro Histórico, proporcionando, segurança.
Abilio pontuou que muitos prestadores de serviços seguem sem receber e ainda precisa assegurar o pagamento mensal da folha dos servidores. Por isso, considera inviável mandar instituir a criação da GM sem recursos.
“Muita gente já está querendo que eu faça agora a Guarda Municipal, estou com 15 dias de prefeitura. Não é assim, mas nós vamos fazer”, disse o prefeito, em entrevista à Rádio CBN, nessa quarta-feira (15).
“Eu quero, nesse ano, terminar com o projeto já pronto, já tem lei aprovada na Câmara, mas a gente tem que criar um projeto físico, financeiro para poder organizar isso como vai funcionar. E, se der tudo certo, a gente lança o edital do concurso ainda nesse ano, que é desejo nosso, para que a gente possa começar o ano que vem com essa guarda instituída”, completou Abilio, sobre sua promessa de campanha.
Ele destacou que a GM vai estar ligada à Secretaria Municipal de Segurança Pública, que só será criada, após a reforma administrativa. A Câmara de Cuiabá vai deliberar sobre a reorganização de pastas somente na primeira sessão ordinária de fevereiro.
“A gente tem essa dificuldade, a própria organização financeira da prefeitura não nos permite lançar novos concursos, porque isso vai gerar impactos na folha, para que ela possa funcionar da forma adequada. Acho que assim que a gente conseguir colocar essa casa em ordem [vamos avançar na GM]”, concluiu.
A ideia da criação GM é antiga, e vem, no mínimo, desde 2014, quando o atual governador Mauro Mendes (União Brasil) ainda era prefeito da Capital. Ele chegou a enviar o projeto para a Câmara, que à época, aprovou a Lei Complementar 352/2014, e posteriormente, foi sancionada, mas nunca foi implementada. Atualmente, o que existe na cidade é a chamada atividade delegada, quando PMs, nos horários de folga, atuam por exemplo em escolas.(RDNews/Gabriel Rodrigues)